domingo, 2 de maio de 2010
De volta... depois de alguns anos
Cartaz roubado do Léo Aranha
O Blog estava parado, mas não desativado. Nestes últimos tempos surgiram vários sites de hospedagem de arquivos, então acredito que será mais fácil atualizar e fazer reparos de links quebrados.
Pensei no blog como um espaço não só para disponibilizar demos antigas, mas também para escrever um pouco sobre o que já foi feito, por meio de textos, entrevistas, exposição de imagens ou qualquer outra coisa. Também acho importante falar sobre o que está rolando atualmente, mas é claro que não darei atenção a qualquer coisa.
Para retornar a atividade, vou postar duas demos de bandas de Vitória, uma bem conhecida e que ainda está na atividade e outra que já "foi pra vala" há bastante tempo.
Em meados dos anos 90 até um pouco depois da virada do milênio, Vitória era conhecida como a cidade dos "melódicos", enquanto Vila Velha era a cidade do "hardcore tosco", rótulo que gerava uma certa rivalidade entre os membros da cena hardcore do Espírito Santo, mas nada muito agressivo. Acredito que estas classificações tenham a ver com as duas bandas que tiveram maior visibilidade e influência na região, no caso o Mukeka di Rato (representando Vila Velha) e o Dead Fish (representando Vitória). Não tiro a importância de outras bandas neste páreo, como o Gritos de Ódio, Harmonia Turbulenta, The Summoning...
Abaixo segue uma pala do Rodrigo (Dead Fish) que ilustra bem essa época:
"Daquele tempo eu lembro do The Summoning, uma banda bem a frente do seu tempo naquela época, Killer gufs, The Rain, Skelter (esta era minha preferida em 90), tinha muita gente tocando, cara. O mais legal é lembrar da separação que rolava entre Vitória e Vila Velha, era uma quase treta, as bandas de Vila Velha, como Hanseniase, Nó na pica, Dr. Mobral, depois Gritos de ódio e Mukeka, sempre tiveram um "nacionalismo" e uma identidade bem forte. Acho que isso rola ainda, o Mozine faz meio questão de enaltecer isso até hoje, acho legal até certo ponto. No meio da década a coisa se misturou e foi legal também, tinha shows na região metropolitana inteira e isso fez o bagulho crescer bastante até o quase fim da década quando tudo começou a se separar de novo. Bons tempos, muita diversão e muito aprendizado, eramos quase uma escola de música por lá.Hoje conheço as coisas da Läja, gosto de algumas coisas, Morto pela escola por exemplo. Tem as coisas do meus velhos amigos em Vix, como o Zé Maria, banda do Marcel fundador do DF, tem uns raps de lá que piro, tem as bandas do Marcelinho que também fez parte do Dead Fish, Take me e tudo mais..."*
*texto retirado da entrevista com o Dead Fish, feita por este blog
obs: O Skelter citado no texto acima possui um site, onde você pode baixar alguns sons: http://www.skelter.com.br
The Summoning, era uma banda da ilha que tocava um hardcore melódico, na linha do hardcore americano de bandas como bad religion e lagwagon(?), com suas limitações. Participaram desta banda, membros do Take Me, Undertow, Kali Yuga e outras. Não sei de quando é a gravação, encontrei no blog da Christiani, que por sinal é muito interessante.
A outra demo disponibilizada hoje é Progresso...? ou REprogresso...?, do Dead Fish. Numa conversa, meu amigo Dalmo Rogério disse que esse "RE", que aparece na capa é um erro. Mas enfim, esta demo que recentemente ganhou uma versão em CD pela Läjä records está disponível para você baixar. A capa foi roubada do blog da Chris também, mas as músicas eu preferi ripar do cd, pois a qualidade está melhor. Dispensa comentários.
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